Crítica à primazia da economia

uma análise Agambeniana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v8.3579

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar uma visão crítica da economia neoliberal e do processo que possibilitou a primazia do poder econômico. Fundamentando-se na visão crítica de Agamben, compreende-se que é frente ao econômico que as análises devem se situar para uma compreensão da contemporaneidade e para pensar formas de superação da vida nua. Para situar de maneira histórica e filosófica a problemática do artigo, inicia-se com uma análise da hegemonia ideológica do projeto neoliberal. No segundo momento, buscou-se relacionar economia com religião dando destaque a tese de Benjamin que “o capitalismo é realmente uma religião”, por entender que esse processo tem consequências éticas e políticas graves. No terceiro momento, seguindo os passos de Agamben, retorna-se aos primeiros padres da igreja para entender o processo teológico que mantêm viva essa relação da economia com a religião. Conclui-se que a economia capitalista herda as condições dadas pela teologia judaico-cristã. Ou seja, a partir do momento em que há a separação de reino e governo, a concepção de economia inicia a adentrar no âmbito da política, especialmente porque passa a configurar um modelo para aquilo que formará o início de uma ordem jurídica nas sociedades ocidentais.

Palavras-chave: Economia. Política. Neoliberalismo. Agamben.

Biografia do Autor

  • Ésio Francisco Salvetti, Instituto Superior de Filosofia Berthier (IFIBE)

    Doutor de Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).  Doutor em Filosofia pela Università degli Studi di Padova - Itália, (Bolsista CAPES). Mestre em Filosofia, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professor e vice-diretor pedagógico do Instituto Superior de Filosofia Berthier (IFIBE). Rio Grande do Sul. Brasil.

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Publicado

2021-04-27

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Seção

Artigos

Como Citar

SALVETTI, Ésio Francisco. Crítica à primazia da economia: uma análise Agambeniana. Profanações, [S. l.], v. 8, p. 99–122, 2021. DOI: 10.24302/prof.v8.3579. Disponível em: https://periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/3579. Acesso em: 30 abr. 2025.