Re-escrita com o corpo: inter-corporeidade em A Hora da Estrela
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v12.5917Resumo
Este trabalho propõe uma discussão teórica sobre a presença da intercorporeidade (Pessanha, 2018) na construção narrativa do livro A hora da estrela (1977), de Clarice Lispector. Corrobora nosso artigo o fato de que a referida discussão conceitual aqui privilegiada faz parte de nossa Tese de Doutoramento finalizada no âmbito do NECC/PPGEL/UFMS. Ilustra a abordagem conceitual em torno do inter-corporar quando a autora põe em prática em sua narrativa literária uma escrita com o corpo, que a seu modo tange em uma prática de re-escrever, como intentamos mostrar em nossa reflexão. Embasados pelos postulados da crítica biográfica fronteiriça (Nolasco, 2015) que, a seu modo, tem por base de toda sua teorização a presença do “bios” e do “lócus”, queremos argumentar que a prática do inter-corporar abre terreno para re-escrita descolonial de forma não forçada, sobretudo quando observamos que na narrativa em questão Clarice escreve com o corpo. Almejamos fazer tal discussão sem se descuidar, por nenhum momento de nossa reflexão teórica conceitual, da presença do livro A hora da escrela, posto ser ele o desencadeador de toda nossa proposto. Assim, esperamos que abalizados pelos conceitos proposto, possamos contornar a teorização que grassa em torno do “escrevo com o corpo” encontrado na obra em estudo.
Palavras-chave: inter-corporeidade; crítica biográfica fronteiriça; A hora da estrela.
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