Nem loucura, nem burrice: algumas pistas sobre o dispositivo grotesco nas políticas de extrema-direita

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DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v12.5909

Resumo

O artigo investiga algumas pistas sobre o dispositivo grotesco, estratégia que tem se tornado comum nas atuais políticas de extrema-direita. Na concepção foucaultiana, dispositivo trata-se dos mecanismos complexos e heterogêneos articulados a determinados jogos de poder e saber. A noção de grotesco também é derivada dos estudos deste autor e possuiria três características: discursos que fazem rir, a vontade de verdade e as políticas de morte. O objeto da investigação são algumas notícias veiculadas sobre as figuras políticas de Jair Bolsonaro, Javier Milei e Donald Trump. O estudo se encontra no campo da psicologia política e faz uso da chamada etnografia digital. O grotesco é tomado enquanto um potente dispositivo que tem modulado as relações de força e os regimes de saber no cenário político atual. As análises indicam que o dispositivo grotesco atua como uma estratégia necropolítica recorrente e que está maquinado diretamente com a racionalidade neoliberal.

Palavras-chave: psicologia política; grotesco; etnografia digital; dispositivo.

Biografia do Autor

  • Jeferson Camargo Taborda, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

    Doutor em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Docente no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Campo Grande. Brasil. 

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Publicado

2025-06-23

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Artigos

Como Citar

TABORDA, Jeferson Camargo. Nem loucura, nem burrice: algumas pistas sobre o dispositivo grotesco nas políticas de extrema-direita. Profanações, [S. l.], v. 12, p. 423–441, 2025. DOI: 10.24302/prof.v12.5909. Disponível em: https://periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/5909. Acesso em: 1 jul. 2025.