Nem loucura, nem burrice: algumas pistas sobre o dispositivo grotesco nas políticas de extrema-direita
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v12.5909Resumo
O artigo investiga algumas pistas sobre o dispositivo grotesco, estratégia que tem se tornado comum nas atuais políticas de extrema-direita. Na concepção foucaultiana, dispositivo trata-se dos mecanismos complexos e heterogêneos articulados a determinados jogos de poder e saber. A noção de grotesco também é derivada dos estudos deste autor e possuiria três características: discursos que fazem rir, a vontade de verdade e as políticas de morte. O objeto da investigação são algumas notícias veiculadas sobre as figuras políticas de Jair Bolsonaro, Javier Milei e Donald Trump. O estudo se encontra no campo da psicologia política e faz uso da chamada etnografia digital. O grotesco é tomado enquanto um potente dispositivo que tem modulado as relações de força e os regimes de saber no cenário político atual. As análises indicam que o dispositivo grotesco atua como uma estratégia necropolítica recorrente e que está maquinado diretamente com a racionalidade neoliberal.
Palavras-chave: psicologia política; grotesco; etnografia digital; dispositivo.
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