Uma análise da associação sobre a percepção do estado de saúde e o desmatamento na Amazônia Legal, por meio da Pesquisa Nacional de Saúde
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v14.5619Resumo
Este artigo discute a influência do desmatamento na percepção do estado de saúde da população na Amazônia Legal, por meio da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), mediante estudo de natureza exploratória, quantitativa, utilizando-se de estruturas analíticas e econométricas. Para delinear a etiologia ambiental, descreve-se a percepção do estado de saúde da população nos estados da Amazônia Legal com maior e menor índice de desmatamento, comparando com os dados secundários obtidos pela PNS em 2013, apresentados pelo IBGE. Os resultados da análise apontam que o desmatamento é relevante para explicar a variabilidade das taxas da percepção do estado de saúde. O modelo de análise de contingência (a base do teste qui-quadro) aplicado aos dados sobre o estado de saúde possibilita concluir que a população moradora de unidades federativas classificadas com elevado nível de desmatamento tem uma percepção de saúde inferior à localizada em unidades menos desmatadas. Tal resultado infere que o crescimento de atividades econômicas ocorre às custas de perdas ambientais e de indicadores de saúde. Com isso, denota-se a necessidade de uma investigação mais profunda sobre a relação entre o desmatamento e a saúde da população. Considerando que o desmatamento é um processo em pleno curso e sua prática, relacionada à expectativa de ganhos financeiros rápidos, que não refletem na melhoria da qualidade de vida da população, reforça a necessidade de incluir os fatores de vulnerabilidade socioambiental na elaboração de políticas públicas/econômicas para o desenvolvimento sustentável da região.
Palavras-chave: desmatamento; Amazônia; avaliação da situação de saúde.
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