A flexibilização da confidencialidade nas reproduções humanas assistidas frente ao direito fundamental à identidade genética

Autores/as

  • Vinícius Daniel Klitche Universidade do Contestado (UNC)
  • Sabrina Favero Universidade do Contestado (UNC)

DOI:

https://doi.org/10.24302/acaddir.v4.3884

Palabras clave:

Reprodução assistida, Confidencialidade, Identidade genética

Resumen

O estudo analisa a possibilidade de flexibilização do anonimato do(a) doador(a) nas reproduções humanas assistidas heterólogas frente ao direito à identidade genética. A confidencialidade do(a) doador(a) é fundamental nessa forma de reprodução, cuja utilização tem se popularizado nos últimos tempos. Há, entretanto, controvérsia se esse anonimato pode ser mitigado, sobretudo quando confrontado com o direito fundamental à identidade genética. No Brasil, embora não exista legislação especifica sobre o assunto, há diversos projetos de lei em trâmite no Congresso com o escopo de regulamentar o tema. A proteção do anonimato está assentada em critério utilitarista e na sobreposição da socioafetividade, ao passo que a mitigação tutela o direito do indivíduo em conhecer sua origem biológica.  A conclusão é que existe uma tendência legal, doutrinária e jurisprudencial em admitir a flexibilização quando em conflito com o direito à identidade genética. A pesquisa foi desenvolvida em três tópicos: no primeiro, analisou-se a reprodução humana assistida como um produto dos avanços tecnológicos, sociais e jurídicos; no segundo, discorreu-se sobre o direito fundamental à identidade genética e se seu conhecimento gera algum vínculo filiatório; e, por fim, analisou-se algumas situações em que o rompimento do anonimato se mostra necessário, bem como os argumentos contrários à flexibilização. A pesquisa é qualitativa teórica, amparada por literatura especializada, com análise da legislação atinente ao tema, tendo sido utilizado o método dedutivo.

Biografía del autor/a

  • Vinícius Daniel Klitche, Universidade do Contestado (UNC)

    Acadêmico do Curso de Direito da Universidade do Contestado (UnC). Campus Concórdia. Santa Catarina. Brasil.

  • Sabrina Favero, Universidade do Contestado (UNC)

    Doutoranda em Direito. Possui graduação em Direito pela Universidade do Contestado (2004) e Mestrado em Direito pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (2016). Atualmente é celetista da Universidade do Contestado e estatutário - Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina. Concórdia. Santa Catarina. Brasil.

Publicado

2022-04-12

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

KLITCHE, Vinícius Daniel; FAVERO, Sabrina. A flexibilização da confidencialidade nas reproduções humanas assistidas frente ao direito fundamental à identidade genética. Academia de Direito, [S. l.], v. 4, p. 734–754, 2022. DOI: 10.24302/acaddir.v4.3884. Disponível em: https://periodicos.unc.br/index.php/acaddir/article/view/3884. Acesso em: 30 apr. 2025.