Bionematicidas no nordeste brasileiro: o uso de microrganismos nativos para uma agricultura sustentável

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24302/sma.v14.5791

Resumo

Há diversos relatos de perdas econômicas na agricultura brasileira causada pelos nematoides. Decorrentes do manejo inadequado dos solos e aplicação de forma desordenada de produtos químicos. Só no ano de 2023 o MAPA registrou mais de 36 substâncias químicas com ação nematicidas, dessas apenas três, não oferecem riscos ao meio ambiente. O Brasil é um dos maiores consumidores dos agroquímicos, nos últimos 40 anos sucedeu um aumento no uso dos agrotóxicos em mais de 700%. A busca de um biocontrole eficaz é de extrema importância para uma agricultura mais sustentável e menos agressiva ao meio ambiente. O manejo de fitonematoides via a utilização de produtos biológicos é uma opção viável. Os bionematicidas são biocontroladores que empregam microrganismos antagonistas, têm mostrado ser mais eficazes e sustentáveis no controle desses parasitas, por meio de competição, antibiose e parasitismo. O objetivo desse trabalho é realizar um levantamento bibliográfico das pesquisas desenvolvidas na busca de novas tecnologias que forneçam aporte ao biocontrole integrado dos nematoides. Esses defensivos biológicos tem demonstrado esse potencial de bioprodutos para o controle biológico desses parasitas. O mercado brasileiro de nematicidas biológicos possui esse potencial em se tornar um dos pioneiros na utilização em larga escala desse tipo de bioinsumos, atendendo a uma demanda crescente mundial de uma expansão agrícola mais sustentável.

Palavras-chave: bionematicidas; nematoides; agricultura sustentável; fitonemaoides.

Biografia do Autor

  • Yrlânia de Lira Guerra, Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste - CETENE

    Engenheira Agrônoma (2010), Mestre em Fitopatologia (2013), Doutora em Agronomia - Melhoramento Genético de Plantas (2017), pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atualmente é pesquisadora do Programa de Capacitação Institucional do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste - CETENE, compondo a equipe de pesquisas na área de bioinsumos para o controle de fitonematoides, com possibilidade de geração de patente. Foi pesquisadora do projeto de Recomposição e otimização do GERMOBIO in vitro do CETENE, com plantas micropropagadas de cana-de-açúcar via meristemas. Atuou como Assessora Técnica de pesquisa e produção, fornecendo aporte as pesquisas desenvolvidas, composição de relatórios e na produção em larga escala da Biofábrica. Foi programadora de produção, por 3 anos, na área de biotecnologia com ênfase em culturas de tecidos e na aclimatização das plantas na Biofábrica Miguel Arraes do CETENE. Tem experiência na área de pesquisa em patógenos de plantas e controle alternativo com óleos essenciais e participou do grupo de pesquisa para o desenvolvimento de uma nova variedade de amendoim, ambos pela EMBRAPA- Algodão (bolsista DTI-C). Foi docente do curso de Pedagogia pela universidade Uninta (Docente convidada da Uninta - PE). Além disso, suas demais agilidades na área de Agronomia, pode-se destacar nas áreas de Fitopatologia e Fitotecnia, atuando em projetos de pesquisas, tais como: Microbiologia fungos e bactérias, Micologia, Epidemiologia de fungos, Controle alternativo de doenças de plantas, biotecnologia, fisiologia de plantas sob condições de estresse abióticos e em grandes culturas.

  • Aline Fernandes de Melo, Universidade Federal Rural de Pernambuco

    Doutoranda em Fitopatologia (Nematologia ) pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Mestre em Fitopatologia (Nematologia ) pela Universidade Federal Rural de Pernambuco; Bacharel em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, atuando junto ao Departamento de Fitossanidade da UFRPE Doutorado com ênfase em nematofauna associada a bananicultura no Estado de Pernambuco. Atuação em extensão rural com manejo da casca preta do inhame na zona da mata de Pernambuco e litoral da Paraíba. Experiência em estudos e experimentos com bactérias fixadoras de nitrogênio (FBN) em genótipos de milho no semi-árido de Pernambuco.

  • Lilian Margarete Paes Guimarães, Universidade Federal Rural de Pernambuco

    Professora associada II do curso de agronomia da UFRPE. Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1999), mestrado em Fitossanidade pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2002) e doutorado em Fitopatologia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2007). Foi pesquisadora visitante da Estação Experimental de Cana-de-açúcar de Carpina (EECAC), vinculada ao Programa de Desenvolvimento Científico Regional FACEPE/CNPq (2009). Pós-doutora pelo Programa Nacional de Pós-Doutorado-PNPD/CAPES, em Fitopatologia na UFRPE, área de concentração fitonematologia. Lecionou no período de 2011-2014 no Centro de Ciências Agárias da UFPB em Areia-PB. Professora do Programa de Pós-graduação em Fitopatologia da UFRPE, desenvolvendo pesquisas na área de Fitonematologia. 

  • Bianca Galúcio Pereira Araújo, Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste

    Tecnologista Pleno do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com lotação no Centro de Tecologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) em Recife-PE. Doutora em Melhoramento Genético de Plantas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) 2022, Mestre em Agricultura no Trópico Úmido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) 2010, Especialista em Agente de Inovação e Difusão Tecnológica pela Fundação Centro de Análise de Pesquisas e Inovação Tecnológica (Fucapi) 2006 e Graduada em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) 2001. Desenvolveu atividades de PD e Extensão de 2002 a 2016 no Inpa em Manaus - AM, nas áreas de fitobacteriologia, microbiologia de solos, fitotecnia de fruteiras amazônicas e transferência de tecnologias sociais agroecológicas. Desde 2016 atua no Cetene com PDI e Transferência Tecnológica na área de Biotecnologia de bioinsumos com ação de biofertilizante, biopesticida e biocondicionador de solo; fidelidade genética e controle fitossanitário de espécies de interesse agrícola. É Responsável Técnico junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pela produção em escala industrial da micropropagação de espécies agrícolas e florestais produzidas na Biofábrica Governador Miguel Arraes; Responsável Técnico pelo Laboratório de Bioprocessos (Labio), Laboratório de Fidelidade Genética e Controle Fitossanitário (Ladif) e Núcleo de Inovação Tecnológica - NIT. É membro da Comissão de Saúde e Segurança do Servidor do Cetene; membro do Comitê de Pré-enquadramento de Bolsistas do PCI/Cetene, Coordenadora do Projeto Agritech-Nordeste e Coordenadora Regional Norte do Programa Futuras Cientistas. Desde 2021 atua como pesquisadora voluntária na área de Produção de Alimentos no Instituto de Pesquisa e Ensino para o Desenvolvimento Sustentável (IPEDS) e membro do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Amazonas (Consea-AM).

Downloads

Publicado

2025-09-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

1.
Guerra Y de L, Melo AF de, Guimarães LMP, Araújo BGP. Bionematicidas no nordeste brasileiro: o uso de microrganismos nativos para uma agricultura sustentável. Saúde e meio ambient.: rev. interdisciplin. [Internet]. 30º de setembro de 2025 [citado 21º de outubro de 2025];14:191-207. Disponível em: https://periodicos.unc.br/index.php/sma/article/view/5791